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Atividades - Estereótipo da Mulher

Após as lutas por igualdade de direitos travadas no último século, a mulher contemporânea acumula funções que antes eram delegadas apenas aos homens. Vamos ler o trecho da música de Chico Buarque e refletir sobre as mudanças do papel da mulher...

“[...] Mulher, não vá se afobar;

Não tem que pôr a mesa, nem dá lugar.

Ponha os pratos no chão e o chão tá posto

E prepare as linguiças para o tira gosto.

Uca, açúcar, cumbuca de gelo, limão

E vamos botar água no feijão. [...]”

Feijoada Completa - Chico Buarque

Nesse capítulo lemos um trecho da música de Chico Buarque “Feijoada Completa”. Junte-se aos colegas e discuta o que entendeu do trecho da música. Após o debate reflita e responda as perguntas a seguir:

1) O que o cantor quis dizer com a frase “Não têm que por a mesa, nem dá lugar”? E o que significa para a mulher colocar os pratos no chão na frase “Ponha os pratos no chão e o chão ta posto”?

2) Antigamente, a mulher tinha outro estereótipo de mulher perfeita, e hoje, esse estereótipo mudou. Faça essa reflexão e dê sua opinião junto com os colegas.

3) Faça um cartaz em grupo selecionando imagens de revista de mulheres na publicidade e coloque as suas características relacionadas à marca.

4) Você acha que uma pessoa em más condições de saúde pode se sentir bonita?

Texto:

O Movimento Feminista

O conceito de gênero possui uma enorme amplitude de usos e se faz presente em várias áreas da produção teórica, quer seja nas ciências naturais, quer seja nas ciências humanas e sociais. A sociedade comumente determina as diferenças de gênero baseadas na construção cultural de que o homem, por ser superior ,"fala por", engloba, e representa a mulher. Este modelo social é bidimensional, ou seja, a relação hierárquica é composta de dois níveis, o superior representado pelo homem e o inferior representado pela mulher. A representação das mulheres como sujeitos inferiores é fortemente difundida em diversos tempos históricos. No período de 1950 e 1960 a mulher esteve na esfera do lar e o homem na rua. Nesta época a mulher era vista como se, biologicamente, fosse contemplada com habilidades de forno e fogão. A rainha do lar se consolida não apenas como esteriótipo de filmes hollywoodianos, mas na educação. Existiam diferenças nos currículos das escolas femininas e masculinas; as meninas aprendiam corte e costura, e poderiam ser, no máximo, professoras. O magistério seria o limite para as ambições profissionais das mulheres. Esse dualismo (casa e rua) iria ser rompido com o movimento feminista que foi idealizado nos anos 1960 concomitantemente ao movimento “hippie” e a contracultura. A pílula anticoncepcional permitiu à mulher o controle sobre seu corpo, e num mundo pré-AIDS, o amor livre tornou-se uma prática libertadora. Inicialmente nos EUA e Europa, as revolucionárias não apenas queimaram roupas íntimas como também se inseriram nos circuitos culturais das universidades. A partir desses debates, se iniciou uma revolução dentro dos setores das ciências humanas. Áreas como filosofia, sociologia e história criaram departamentos exclusivos para discussões sobre as questões de gênero. Assim, o feminismo revolucionário passou das fogueiras de sutiãs e das passeatas às cadeiras das universidades com os “estudo de gênero”. Hoje o feminismo pode se definir como uma teoria política que se baseia na análise das relações entre os sexos, bem como na prática da luta pela libertação das mulheres. Para algumas feministas, a contradição entre os sexos é básica, atravessando todas as demais contradições: como as de classes sociais, de raças e de povos.

Fonte: http://www.sociologia.seed.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=417

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